quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Vida
O que é a vida ? Quem nós somos no fim das contas ? Até onde estamos dispostos a ir pelas coisas que realmente acreditamos ? Perguntas que venho fazendo-me recentemente. Na sociedade em que vivemos, muitas coisas que vejo realmente não demonstram ter um sentido nítido. Famílias auto-destruindo-se por ganância, amizades terminando por conta de rancor, inimizades se formando por intolerância, incapacidade de perdoar e dar uma segunda chance e atitudes impensadas e inconsequentes que magoam e coerem a confiança, dentre outros. Os valores atuais parecem estar um tanto confusos. O dinheiro não devia ser mais valorizado do que o amor, rancor não devia ser mais importante que a amizade, intolerância estar no lugar da aceitação, o perdão não deveria ter seu lugar tomado pelo desprezo e as atitudes não deviam ser tomadas tão friamente, sem se pensar no sentimento do outro. Um amigo muito próximo estava conversando comigo nos últimos dias sobre como as pessoas não se conhecem sem a convivência e o que é mostrado nas primeiras impressões dificilmente é o que a pessoa realmente é, concordo com ele, para ser honesta, pessoas que eu acreditei que eram algo, mostram-se algo que não eram, simplesmente cortei relações com esta pessoa, entretanto creio que uma segunda chance para este individuo deve ser dada, se ele demonstrar que a merece. Pessoas são diferentes, de fato, o que pode ser errado para mim, pode não ser errado para você, que pode ser errado para o seu amigo e o oposto também é válido, a concepção de erro varia de pessoa para pessoa e não existe um padrão correto para ser seguido. Quando limitamos nossa vida a odiar alguém por algo que ela fez conosco ou contra a nossa pessoa, não deixamos de carrega-la por aí, pois a lembrança do que esta fez estará dentro de nós, entretanto não devemos nos esquecer, pois corremos o risco de permitir que ela nós magoe novamente, a unica solução que vejo é aprendermos com o fato e vermos como um ensinamento da própria vida. Recentemente vim descobrir meus amigos verdadeiros, não arrependo-me nem sinto pena de mim mesma pelo que passei para descobri-los, pois sem passar por isso, jamais poderia ter certeza de quem são e, as vezes, mesmo você convivendo mais de 10 anos com uma pessoa, não pode ter a certeza de que ela realmente é sua amiga. Alguns não vêm propriamente como uma pessoa, vêm como objeto de barganha, fonte de lucro e só recorrem a você quando estão com problemas, sem preocupar-se com os seus, na minha humilde opinião, estas pessoas são francas, não merecem nem o sentimento de raiva e muito menos o de pena, apenas são pessoas comuns, fazendo o que aprenderam a fazer, são perigosas ? com certeza, mas como não se pode evita-las logo de cara, pode-se aprender a lidar com elas, não as considerando tão relevantes quantos estas acham que são. Aprendi a duras penas que não se deve guardar rancor, deve-se apenas aprender, que é uma capacidade fantástica do ser humano e deve ser sempre utilizada. Sei que este texto não vai ser lido por todo mundo, porém senti necessidade de posta-lo, ele terá cumprido sua função se tiver ajudado pelo menos alguém.
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Aprendi com um grande professor e amigo que tudo é a questão dos processos que passamos. Na maioria das vezes queremos que o outro enxergue da mesma maneira que nós, ou que ele tire exatamente a mesma interpretação, mas isso não vai ocorrer, porque os meus olhos passaram por processos diferentes dos seus e é isso que torna nossa visão e interpretação de mundo única. Podemos ter interpretações bem semelhantes, mas nunca exatamente iguais, e, geralmente, o rancor vem de não sabermos compreender isso, de não saber aceitar que aquela pessoa passou por outro processo e no fim desistirmos daquela pessoa. Até mesmo esse meu comentário foi fruto de processos recentes, porque há um tempo atrás eu não era capaz de ver dessa forma, mas passei por um processo :D
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