terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Síntese

Então, é a última noite do ano... Quantas coisas aconteceram neste ano de 2013, quantas pessoas novas eu conheci e desconheci, amizades antigas que se perduraram e outras que, embora exista a distancia, continuaram com a mesma alegria do reencontro, laços foram e feitos e quebrados, com a mesma intensidade e velocidade de um ciclone, outros surgiram rápidos com um bater de asas de um beija-flor e são mais blindados que grandes muralhas, me perdi e me achei, precisei de ajuda tanto para me perder como para me achar, mas sempre por minha vontade, aprendi a tomar decisões por mim e não pelos outros. Aprendi a sentir ódio, aprendi a sentir rancor, aprendi a amar e quando o aprendi, esqueci como era sentir o ódio e o rancor...
Aprendi que nos lugares mais sombrios, mais sem esperança, mais frios, ainda pode existir uma pequena chama, que aparece não sei de onde, não sei o motivo, mas ela aparece, mesmo para quem não a merece, mesmo se estiver com o coração fechado, ela acha um jeito de abri-lo novamente, não importa o quanto tente mante-lo lacrado, ele será aberto, é o porto seguro no dia da tempestade, é o consolo de toda a tristeza que há, é a certeza que no fim tudo vai acabar bem, é como se você abraçasse uma fogueira, sem se queimar, em meio ao mais duro inverno, é como estar em um clima agradável, na primavera, com o vento fresco e flores caindo ao seu redor enquanto o resto do mundo está em guerra, uma guerra que parece que nunca terá fim, mas ao mesmo tempo não é só isso, é tudo isso e muito mais...
Antes de dizer quais são os meus desejos e sonhos para 2014, queria compartilhar duas músicas que marcaram os últimos 2 meses do ano, uma música que marcou minha pior fase, em que eu estava completamente perdida, sem nenhum proposito, e um poema para os amigos que lerem este texto...
A primeira música é uma promessa, que quero fazer a uma pessoa, na verdade é mais um juramento que uma promessa :

I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say.
I know they don't sound the way I planned them to be.
But if you'll wait around a while, 
I'll make you fall for me,
I promise, I promise you...
Música: When In Rome - The Promise

A segunda música é a que representa minha pior fase, a que eu não confiava em ninguém, tinha ressentimento de quase todos e via grandes razões para ter raiva dos meus amigos, o que só melhorou quando eu encontrei uma pessoa que me ensinou que a vida é difícil, mas temos que nos levantar das grandes quedas para que possamos aproveitar as coisas boas que temos ao longo do caminho, surpresas agradáveis que fazem com que ela valha a pena, ainda gosto de escutar essa música, quando estou mais triste ou com uma sensação de vazio:

Nada eu levo da vida
O que eu tenho é o que há no meu carro
Meus vinte melhores amigos
Estão num maço de cigarros
MúsicaMatanza - Whisky Para Um Condenado

E o poema que eu gostaria de oferecer aos meus amigos que leram o texto é um poema de Carlos Drummonnd de Andrade, para uma última reflexão do ano ou uma reflexão para 2014:

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, 
a que se deu o nome de ano, foi um individuo genial.

Industrializou a esperança,

fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.


Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número

e outra vontade de acreditar que daqui para diante tudo vai ser diferente.

Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado,

a esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir,

todas as músicas que puder emocionar.

Para você, neste novo ano,

desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família seja mais unida, 
que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas...

Mas nada seria suficiente...

Então desejo apenas que você tenha muitos desejos,


desejos grandes.


E que eles possam mover você a cada minuto

ao rumo da sua felicidade.

Feliz ano novo e nunca percam a esperança, as vezes a felicidade espera o momento em que você mais precisa dela para aparecer...



domingo, 29 de dezembro de 2013

Qual o som o bater de asas da borboleta faz ?

Então, chegou a maioridade... 18 anos hein... Uma das frases mais escutadas do dia: "Já pode ser presa" (kkkk)... O que mais marcou esse dia pra mim ? Bom, não teve só uma coisa, tiveram vários acontecimentos que o fizeram um dos dias mais marcantes da minha vida. Estes acontecimentos tiveram algo em comum, algo que os tornou, de fato, especiais: foram proporcionados por meus amigos. Ao chegar na faculdade fui direto ao trabalho da bolsa, o capitão logo vai me dar os parabéns pelo aniversário e, adivinha, ele espalhou para todo mundo do prédio que era meu aniversário e ainda me deu presentes... Ele não precisava me dar nada, já têm me dado tanto sem nem ao menos perceber, tem me dado amizade, referência de ser humano, carinho, em resumo, tem sido tudo tudo o que um pai teria sido, embora provavelmente ele nunca vá ler este texto, queria que ele soubesse que eu lutaria por ele até minhas ultimas forças, simplesmente porque ele me deu a coisa mais importante, me deu uma razão pela qual lutar, me deu uma perspectiva de futuro... Ele me devolveu a vida. O dia não foi tão especial somente por causa dele(embora ele tenha sido um dos motivos principais), os meninos da sala me chamaram pra jogar futebol com eles, num lugar longe pra burro e eu ainda tinha que voltar para a faculdade, pois ainda tinha mais coisas planejadas para o dia.Fui na coordenação, visitar minhas antigas amigas, que sempre me recebem de braços abertos. No horário do almoço, quem fez-me companhia foi o jovem ciclista, é sempre bom parar e tirar um tempo para conversar com os amigos, sempre espairecemos um pouco, se o dia tava ruim fica bom e se estava bom, melhora, até a comida que quase sempre tá ruim fica boa. No começo da tarde eu fui pro tão esperado jogo de futebol com os meninos, consegui defender 3 de 5 chutes do jovem loiro, quase que meus dedos iram ser arrancados pelo chute de outro amigo, o resultado final foi: .... Percebemos o quanto todos estavam sedentários(kkkkk), mas ninguém se importou com o placar, jogamos por diversão, isso foi o que valeu... Então minha amiga, a jovem mais gentil que já conheci, chega com uma torta de limão e todos se reúnem para cantar parabéns, cena que foi impagável... O primeiro pedaço do bolo foi para o Capitão, que nem estava presente na hora, mas eu coloquei em um potinho e levei de volta à faculdade. Para fechar o dia fui jantar numa lanchonete com o Capitão, outro amigo meu e a namorada dele, foi tão divertido, rimos muito, conversamos, comemos(por conta do Capitão), em resumo foi um dos melhores jantares da minha vida, se não o melhor, pois na maioria dos jantares que têm na minha casa, eu sempre acabo comendo sozinha, já que cada membro da família prefere comer sozinho em um cômodo diferente e nas raríssimas ocasiões que todos fazemos uma refeição juntos(somente no natal e no ano novo), apesar de eu estar cercada com 5 pessoas, ainda me sinto vazia, ainda me sinto só, mas no meu jantar de aniversário eu não me senti assim, me senti completa, senti que existiam pessoas, ou pelo menos uma pessoa, com quem eu poderia contar em todas as horas, que não iria me deixar... Quem diria, eu aprendi a confiar de novo...
Qual o som o bater de asas de uma borboleta faz ? Será como o som do coração, que apenas ela, que é a dona, é capaz de escutar ? Ou apenas farfalham ? Eu acho, na minha humilde opinião, que tem o som que quisermos que tenha, já que é praticamente inaudível, como nossa vidas, nos somos capazes de dar a ela o formato e a essência que quisermos, mas precisamos de pilares de sustentação para isso, que sempre que você tomar um caminho errado, possa voltar e começar de novo, com a ajuda dessas pessoas...
Obrigada Lucas, Arthur, Yolanda, Laresca, Nagila, Diaulas e aos outros que não citei, mas fizeram desse dia algo tão especial pra mim, que guardarei para sempre em minha memória, vocês são meus pilares, vocês que me fazem seguir em frente apesar de tudo tudo, que me fazem passar todos os obstáculos. Em especial queria agradecer ao Taichou, que me dá um presente a cada dia e me faz crer no amanhã, quando eu crescer, quero ser pelo menos metade do que você é, me mostrou o que é ser feliz, que é diferente de estar feliz, sei que passou por muitas coisas, que eu não sei nem metade, mas mesmo assim consegue ser a melhor pessoa do mundo, graças a você não me sinto mais só... Obrigada por ser meu amigo...

domingo, 15 de dezembro de 2013

Um Recomeço

Bom, o tempo passou, sentimentos ruins, principalmente ódio, raiva e rancor, foram abandonados, já que se eu dissesse que eles sumiram com o tempo, seria mentira, eles ainda estão lá, se eu um dia quiser resgata-los novamente... Mas pq eu os abandonei ? Ou melhor, a pergunta que deve ser feita, pq eu não quero resgata-los ?
Por mais estranho que pareça, a resposta é, simplesmente, "eu encontrei o sentido da minha vida". Isso mesmo, eu percebi que minha vida não teve uma direção ou sentido por quase 18 anos, e o pior, eu nunca senti falta disso, vivi de maneira errônea, sem ter um exemplo, uma referência ou um modelo. Vivia apenas por viver, sem me tocar que a cada dia um pouco de vida se esvaia de mim, sem aproveitar o dia como deveria, apenas o 'empurrava' para frente, acreditando que o amanhã sempre seria melhor, ficava recostada na poltrona, sendo espectadora de minha vida, sem realizar nenhum ato grandioso ou me apegar afetivamente a alguém.
Um dos meus melhores amigos, acompanhando-me até a parada de ônibus, disse-me que a vida não tinha fazia sentindo sem amor, seja amor pelo que faz, amor por uma pessoa ou amor pela própria vida. Ele estava certo, a vida realmente não faz sentido sem amor. Não posso dizer que amo realmente uma pessoa, até pq ainda tenho dificuldade de me 'apegar' afetivamente de maneira mais profunda a qualquer pessoa, mas eu tenho uma referência, alguém que aos poucos está me mostrando um exemplo, que está fazendo com que eu me apaixone pela vida, alguém com que, só pelos pequenos trechos de sua vida que menciona, faz você querer ser alguém melhor, faz com que você perceba o quão longe você pode chegar, se realmente se esforçar, superar tudo o que existe de ruim no seu caminho, colher só as coisas boas, para que sirvam de armadura para te levar até o fim da jornada, que realmente não é o fim, é só o começo da próxima saga. Mas eu não vim só falar dele, o Capitão ganhará sim um texto só falando sobre ele e agradecendo, mas não será hoje, será muito em breve, embora não tivesse como não falar dele, afinal foi ele que se tornou meu abrigo enquanto eu me levantava, me protegendo das pedras de granizo que caíam.
Vim falar do fim, que dói, e não dói pouco, dói MUITO, você sente a vida indo embora, e quer acabar com esse sofrimento o mais rápido possível. Perde-se a vontade de sair de casa, de comer, de sequer levantar da cama e eu só pensava em o que aconteceria se eu me matasse... É ruim até de lembrar... Mas umas três semanas passaram, conheci novas pessoas(não entrarei muito em detalhes sobre como eu as conheci, isso é pra outra história), uma dessas pessoas, no caso o Capitão, mostrou-me o quanto eu era necessária, sem nem saber o que eu estava sentindo, me mostrou que a vida merecia uma nova chance e que eu só precisava do local certo para crescer de novo, antes eu era um pássaro, com as asas fracas, penas desfalcadas e sujas, que nunca havia saído de uma gaiola, vivendo sempre em cativeiro, olhando o céu e os outros pássaros voando, sem acreditar que um dia seria capaz de tanto. Hoje vi que esse jovem pássaro morreu e, para minha surpresa, ele renasceu, pois era uma fênix, e esta fênix, em sua nova vida, aprendeu a voar, aprendeu simplesmente a abrir a gaiola, não aprendeu sozinha, é claro, outros pássaros mostraram como fazer e a aceitaram em seu bando, mostrando a cada dia uma nova aventura, um novo mundo, ensinando como construir a sua própria história, evitando deixar folhas em branco...
A vida passa muito rápido, sem nos dermos conta, passamos em forma de pulo da idade infantil à idade adulta, alguns amadurecem nesse período, outros não, depende das experiencias que vivemos e o que retiramos dela, posso dizer que retirei minha experiência causada pela Dissimulação, pelo Egoísmo, pelo Narcisismo e pela Intolerância, sim, admito que fiquei amarga por um bom tempo graças a isso, também posso dizer que essa experiência quase me matou, mas eu saí viva, não só viva, como muito mais forte do que era, aprendi a dar valor, não só as pequenas coisas, mas às grandes também, à quem de fato são os meus amigos. Aprendi que os verdadeiros valores, conceitos e atitudes não devem ser passados de outra pessoa a você, você mesmo deve tirar suas próprias conclusões, estejam certas ou erradas, mas elas serão suas.
Por último aprendi que "quando você chegar a uma certa idade verá que 6 meses da sua vida é muito tempo", bem, essa idade chegou antes do que era esperado pra mim, agora vi o quanto é importante dizer às pessoas que são especiais para você o quanto as ama e que o amanhã pode ser que não chegue novamente, a vida deve ser vivida como se não fossemos estar vivos no dia seguinte para dar novamente aquele abraço naquela pessoa especial, que nos enche de alegria só por estar ali, te ouvindo, te esperando, de braços abertos... Sua família, seus amigos, o tempo é curto demais para não dizer o quanto os ama...
Recomece, dê uma chance a si mesmo de refazer a sua vida, sendo protagonista de sua história, AME...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Carta de despedida a um ex-amigo

Texto escrito no dia 25/10/2013 em uma agenda

Impressionante como a indiferença machuca mais que as palavras, será que vale a pena tentar construir algo em cima dessas feridas ? Reconstruir um castelo magnífico que foi derrubado, embora o castelo fosse realmente majestoso, algo lhe faltava, mesmo internamente existindo a mobília de madeira nobre e os panos de ceda, ficou claro que a madeira tinha cupim e os panos de rasgaram, o que estava faltando a estrutura ? Cimento ? Tijolos ? Ou será que portas e janelas ? Que permitiam ao sol que entrasse e a escuridão acabasse, que dava a liberdade necessária para que exista a vida. Não quero mais olhar ou falar com você e você não quer mais me encarar ou me dirigir a palavra, devemos seguir nossos caminhos separadamente, de preferência o mais longe o possível um do outro. 'Cresça' longe de mim e eu seguirei sem você, não sei se crescendo, não sei se regredindo, como você mesmo supôs, não sei se para a esquerda, não sei se para direita. Tenho raiva por você ter me abandonado em um dos momentos em que mais precisei de você, fui trocada, se eu era tão importante como você dizia, qual o motivo de ter sido deixada sozinha, por você preferir pessoas as quais nem chama de amigos, me senti traída, traída pelo meu próprio irmão, isso é o tipo de coisa que simplesmente não se esquece, não se consegue desculpar tão fácil e eu não sou do tipo de pessoa que perdoa sentimentos tão intensos, nunca vou perdoar você, meu irmão morreu naquele dia. Uma frase que marcou muito a fase que sucedeu a morte do meu irmão, uma morte lenta e dolorosa para mim, principalmente após o baque inicial, que eu posso comparar a um AVC que precedeu uma morte devido a câncer de um paciente em coma foi: "Nunca deixe o sol em seu coração se apagar", de uma música da sua banda favorita, e, sem você perceber, eu a respondi com uma música das minhas bandas favoritas: "O sol sempre se põe no paraíso". Eu, mudei, não disse que evoluí, apenas que eu mudei. Se você não pôde me aceitar do jeito que sou hoje, receio que não tenha mais espaço em sua vida. Como é irônico eu estar escrevendo este texto na página do dia do seu aniversário, algo que eu estava tão ansiosa para que chegasse logo, e hoje é apenas maus uma data, apenas mais uma página da agenda. No ano que vêm você faria 20 anos, 16 dias depois que eu fizer 18, poxa, quantos planos, quantas expectativas, crescer juntos, envelhecer juntos, reuniões em minha casa nos finais de semana, eu casada com um cara legal e com 2 filhos homens e você casado com a mulher mais legal do mundo, com 1 filha, que você ama mais do que tudo, uma amizade que durou uma vida inteira, ou melhor, duraria uma vida inteira, que passaria para a geração seguinte, mas acabou.
Adeus,
Seja feliz no caminho que você escolher.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Amigos

Todos temos pelo menos um dia em que tenhamos acordamos de mal com a vida, tristes, chateados, magoados ou com raiva de alguma coisa, seja por uma nota baixa, um notícia ruim recebida, um relacionamento que não deu certo ou uma expectativa que foi por água a baixo, não é nada fora do comum, o que vai fazer diferença o que acontece no decorrer deste dia. O dia pode começar ruim, ser péssimo e terminar horrível ou pode começar ruim, ser razoável e terminar muito bem, o que eu acho, pelo que eu percebi hoje, que não depende só de você tornar seu dia melhor, depende de pessoas que estão ao seu redor e são especiais para você. Hoje eu acordei num desses dias péssimos, peguei o ônibus zangada, cheguei na faculdade com raiva, até encontrar uns amigos, ao conversar com eles eu fiquei mais calma, me senti acolhida novamente, quando um dos meus melhores amigos chegou e me deu um abraço, senti como se toda raiva tivesse evaporado, sem deixar rastros de que algum dia esteve lá. Pouco depois dela ter sumido, comecei a pensar e a lembrar de um passado recente, em que essa mesma raiva não ia embora, apenas permanecia lá, durante 2 ou 3 dias. Lembrei da falsa ilusão de felicidade que eu tinha, que uma pessoa me fez acreditar que era real. Minha felicidade não mora mais em um lugar específico ou em uma pessoa específica, minha felicidade está em cada sorriso que meus amigos fazem com que surja em meu rosto, está em cada abraço que me dão, cada sorriso que eu faço aparecer em seus rostos. Essa descoberta recente se deve a novos amigos, um geek/nerd/otaku muito legal que ainda tem um game boy e o pokémon yellow e o levou hoje para a faculdade, uma moça que tem um coração gigante, quase do tamanho de um coração de mãe e ao jovem capitão, que entre os meus mais novos amigos é o que mais considero, que me deu a mão e me mostrou o caminho quando eu estava perdida, tanto no sentido literal como no figurado, sem nem saber o quanto estava me ajudando, me ensina novas lições a cada dia e sempre me faz sorrir quando preciso, e quando não preciso, além de me alimentar, é uma pena que ele nunca vá ler este texto e saber da enorme consideração que eu tenho por ele, mas eu gostaria que ele soubesse que estarei ao seu lado até onde eu puder e que algumas pessoas são obedecidas por hierarquia, por obrigação, outras são atendidas pelo respeito que os outros tem por esta, e por ser quem você é, uma pessoa excepcional, íntegra e horada, eu o tenho como meu exemplo, que pretendo seguir, não só o profissional, mas também o de ser humano, não tenho palavras pra definir o quanto você é importante. Não posso esquecer dos velhos amigos, o jovem ciclista que tem medo que eu quebre seus ossos toda vez que o abraço, o qual eu posso até danificar algum osso, mas nunca poderei sequer dobrar o seu espírito independente e crítico, o professor/pai, que durante meu ensino médio me deu um ombro amigo para chorar, motivos para rir e muitos puxões de orelha, sem os quais, se não os tivesse, não estaria na UFC, a jovem que é uma das pessoas mais gentis que já conheci, sempre disposta a ajudar qualquer ser vivo, visando um mundo melhor, o jovem sábio, lutador de artes marciais, que mesmo com a pouca idade, tem muito o que ensinar a muito senhor de cabelo branco e careca vermelha, a filosofa do dia a dia, sempre com uma palavra amiga de consolo, alguém que você sabe que pode contar para todas as horas, debaixo de chuva ou de sol, ela estará lá, a moça do carro verde-oliva (kkkkkkkk), que sempre está disposta a te fazer sorrir, com coisas engraçadas do cotidiano que nem sempre observamos e falar com seriedade, se necessário, para proteger os amigos, a jovem psicopata, que se faz de durona mas é sensível e ajuda os amigos até onde der e mesmo que não dê para ajudar, ela acha um jeito e por último, mas não menos importante, o jovem loiro, estudioso, dedicado, quer sempre dar o melhor de si, não esquecendo dos amigos, que sempre que precisam de uma ajuda com a matéria, ele está disposto a ajudar e tirar dúvidas. Sei que tenho ainda tenho amigos os quais não mencionei, todos são especiais de suas formas únicas, cada característica marcante e especial, os que citei aqui me acompanharam e ajudaram em momentos muito difíceis, em que realmente estive frágil e eles serviram de escudo, de base e me ajudaram a me reerguer, a vocês eu só tenho a agradecer, graças a isso, eu posso dizer que eu tenho um lar, que eu tenho um porto seguro o qual sempre posso voltar, seja em marés boas ou ruins, mesmo que eu esteja distante, navegando por outros mares, eu nunca esquecerei nenhum de vocês, vou sempre carrega-los em meu coração. Obrigada por tudo, a todos vcs.

Vida

O que é a vida ? Quem nós somos no fim das contas ? Até onde estamos dispostos a ir pelas coisas que realmente acreditamos ? Perguntas que venho fazendo-me recentemente. Na sociedade em que vivemos, muitas coisas que vejo realmente não demonstram ter um sentido nítido. Famílias auto-destruindo-se por ganância, amizades terminando por conta de rancor, inimizades se formando por intolerância, incapacidade de perdoar e dar uma segunda chance e atitudes impensadas e inconsequentes que magoam e coerem a confiança, dentre outros. Os valores atuais parecem estar um tanto confusos. O dinheiro não devia ser mais valorizado do que o amor, rancor não devia ser mais importante que a amizade, intolerância estar no lugar da aceitação, o perdão não deveria ter seu lugar tomado pelo desprezo e as atitudes não deviam ser tomadas tão friamente, sem se pensar no sentimento do outro. Um amigo muito próximo estava conversando comigo nos últimos dias sobre como as pessoas não se conhecem sem a convivência e o que é mostrado nas primeiras impressões dificilmente é o que a pessoa realmente é, concordo com ele, para ser honesta, pessoas que eu acreditei que eram algo, mostram-se algo que não eram, simplesmente cortei relações com esta pessoa, entretanto creio que uma segunda chance para este individuo deve ser dada, se ele demonstrar que a merece. Pessoas são diferentes, de fato, o que pode ser errado para mim, pode não ser errado para você, que pode ser errado para o seu amigo e o oposto também é válido, a concepção de erro varia de pessoa para pessoa e não existe um padrão correto para ser seguido. Quando limitamos nossa vida a odiar alguém por algo que ela fez conosco ou contra a nossa pessoa, não deixamos de carrega-la por aí, pois a lembrança do que esta fez estará dentro de nós, entretanto não devemos nos esquecer, pois corremos o risco de permitir que ela nós magoe novamente, a unica solução que vejo é aprendermos com o fato e vermos como um ensinamento da própria vida. Recentemente vim descobrir meus amigos verdadeiros, não arrependo-me nem sinto pena de mim mesma pelo que passei para descobri-los, pois sem passar por isso, jamais poderia ter certeza de quem são e, as vezes, mesmo você convivendo mais de 10 anos com uma pessoa, não pode ter a certeza de que ela realmente é sua amiga. Alguns não vêm propriamente como uma pessoa, vêm como objeto de barganha, fonte de lucro e só recorrem a você quando estão com problemas, sem preocupar-se com os seus, na minha humilde opinião, estas pessoas são francas, não merecem nem o sentimento de raiva e muito menos o de pena, apenas são pessoas comuns, fazendo o que aprenderam a fazer, são perigosas ? com certeza, mas como não se pode evita-las logo de cara, pode-se aprender a lidar com elas, não as considerando tão relevantes quantos estas acham que são. Aprendi a duras penas que não se deve guardar rancor, deve-se apenas aprender, que é uma capacidade fantástica do ser humano e deve ser sempre utilizada. Sei que este texto não vai ser lido por todo mundo, porém senti necessidade de posta-lo, ele terá cumprido sua função se tiver ajudado pelo menos alguém.